Caracterização físico-química de silagens de bagaço de uvas tintas e brancas
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.2019.v76.e1443Palavras-chave:
dieta, lignina, proteína, subprodutosResumo
O uso do bagaço de uva, um coproduto da indústria da viticultura se apresenta como uma alternativa de reduzir custos com alimentação dos ruminantes, auxiliando também o meio ambiente, pois além de dar um destino a este material que é descartado pela indústria, ainda auxilia na redução da produção de metano pelos ruminantes. O objetivo neste trabalho teve por finalidade apresentar resultados físico-químicos de silagens de bagaço de uva, com diferentes variedades de uvas tintas e brancas. O processo de ensilagem foi realizado em microsilos de pvc, o delineamento experimental foi em parcelas subdivididas inteiramente casualizado, onde os silos foram distribuídos em dois tratamentos (uvas brancas e tintas) com três variedades de uvas cada, contendo três repetições, totalizando 18 silos. Avaliou-se a composição bromatológica das silagens de uvas brancas e tintas separadamente. Nas variedades de uvas brancas estudadas, a uva Chardonnay apresentou maiores teores de MS (23,23 %), MO (92,10 %), PB (12,60 %) FDA (43,47 %) e EE (7,02 %) em relação às variedades Gewurztramine e Sauvignon Blanc. No que se refere às variedades tintas, não houve diferença (P<0,05) nos teores de PB, no entanto os valores de pH foram maiores (4,10) na variedade Cabernet Sauvignon. As uvas Merlot e Tannat apresentaram teores semelhantes (P<0,05) para MS, MO, MM e pH. As silagens de bagaço de uvas brancas e tintas deste estudo apresentam baixos valores de MS resultando em perdas nutricionais, com níveis de PB medianos quando comparados a outros estudos. Embora os valores de pH estejam adequados a boa fermentação do material ensilado, os teores de lignina e gordura são muito elevados, tornando este material ensilado com baixo valor nutricional para utilização na alimentação de ruminantes, onde mais estudos devem ser realizados com este coproduto.
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