Utilização de diferentes suplementos no desempenho de bovinos alimentados com dietas básicas de cana-de-açúcar
Palabras clave:
Bovinos, digestibilidade, ingestão de matéria seca, ganho de pesoResumen
Dois experimentos, envolvendo um ensaio de digestibilidade e balanço de nitrogênio com oito animais e um ensaio de ganho de peso com 36 animais, foram conduzidos visando estudar o efeito de diferentes suplementos no desempenho de bovinos alimentados com dietas básicas de cana-de-açúcar. Em ambos os experimentos, os animais foram distribuídos nos seguintes tratamentos: 1 – cana-de-açúcar + farelo de soja, 2 – cana-de-açúcar + uréia/sulfato de amônia + farelo de arroz, 3 – cana-de-açúcar + uréia/sulfato de amônia + concentrado A, 4 – cana-dea çúcar + uréia/sulfato de amônia + concentrado B. Os concentrados A e B foram balanceados, respectivamente, com rolão de milho + farelo de soja e rolão de milho + farelo de soja + quirera de arroz de modo a apresentarem teor de proteína bruta semelhante ao do farelo de arroz. No ensaio de digestibilidade a adição de uréia/sulfato de amônia (900 g/100 g/ 100 kg de cana fresca) e a suplementação com o farelo de soja, farelo de arroz e os concentrados A e B não tiveram influência significativa na ingestão de matéria seca das dietas. No entanto, foi observada diferença significativa (P< 0,05) entre os tratamentos 2 e 4 quando a ingestão de matéria seca foi expressa em porcentagem do peso vivo e em gramas/dia//kg de peso metabólico. O tipo de suplemento utilizado afetou significativamente (P< 0,05) os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e da energia bruta entre os tratamentos 2 e 4. A digestibilidade da proteína bruta do tratamento 4 foi significativamente maior do que a do 1 (P <0,05) ficando os tratamentos 2 e 3 intermediários sem diferir dos demais. Os teores de nutrientes digestíveis totais e a concentração de energia digestível não foram afetados pela substituição do farelo de soja pelas combinações uréia/sulfato de amô- nia com os três tipos de suplementos utilizados. Não foi observada diferença significativa entre as dietas para a retenção de nitrogênio. No entanto, quando os resultados foram expressos em porcentagem de nitrogênio retido em relação ao absorvido o tratamento 1 foi significativamente superior (P <0,05) em relação ao 3. No ensaio de desempenho os animais que receberam dietas com cana-de-açúcar mais a mistura uréia/sulfato de amônia ganharam menos peso (P<0,05), consumiram menores quantidades de matéria seca (P<0,05) e requereram maior quantidade de alimento por quilo de ganho (P< 0,05) em relação aos animais alimentados com cana-de-açúcar e farelo de soja. Os animais alimentados com cana-de-açúcar e farelo de soja utilizaram com melhor efici- ência o nitrogênio da dieta em relação aos que foram alimentados com cana-de-açúcar acrescidas da mistura uréia/sulfato de amônia, suplementadas com o farelo de arroz e os concentrados utilizados.
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