Ordenha robotizada de vacas leiteiras: uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.v73n1p80Palavras-chave:
automação, bovinocultura leiteira, robô, zootecnia de precisão.Resumo
Uma tecnologia inovadora e que tenta ganhar espaço no mercado atual são os robôs ordenhadores. Apesar dos altos custos, a ordenha robotizada pode gerar benefícios para o pecuarista e para os animais submetidos a esse sistema. Objetivou-se apresentar uma revisão da literatura sobre a utilização da robótica na ordenha de vacas leiteiras, abordando aspectos como implantação do sistema e funcionamento, efeito sobre a frequência de ordenhas, produção e composição do leite, contagem de células somáticas, mastite, reprodução e bem estar animal. Constatou-se que a programação do robô depende da quantidade de animais a serem ordenhados diariamente e da frequência de ordenha adotada em cada lote. A implantação do sistema depende, primeiramente, do local onde serão construídas as instalações e das possíveis estruturas já existentes na propriedade. A frequência de ordenha é maior em vacas de maior produção leiteira e no início da lactação, sendo esta influenciada pela palatabilidade do concentrado oferecido no momento da ordenha. Frequências maiores que três vezes ao dia diminuem a produção de gordura total no leite e aumentam a concentração de ácidos graxos livres. A incidência de mastite e a contagem de células somáticas tendem a aumentar nos três primeiros meses após a implantação do sistema; a partir do segundo ano, a saúde do úbere tende a melhorar normalizando a incidência de mastite e contagem de células somáticas. A reprodução das vacas não é afetada se a ingestão de matéria seca compensar os maiores gastos energéticos para produções leiteiras mais elevadas. A ordenha robotizada proporciona maior bem estar para as vacas, pois elas se encaminham ao robô de forma voluntária, no momento em que sentirem desconforto.
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